Disse-te
não há casas nocturnas
as três fadas da princesa
virgínia na rua da saudade
do fado plebeu dos outros
e os canários belos dos seios
na areia amarela dos dedos.
não há casas nocturnas
as três fadas da princesa
virgínia na rua da saudade
do fado plebeu dos outros
e os canários belos dos seios
na areia amarela dos dedos.
Disseste-me
não me deixes perder
na propriedade privada
dos olhos de verde intenso
sobre o peito de agosto
a arder na palha
na combustão do feno.
Multiplica-te disse
mas não os prives do mar
do teu biquini azul
que na cor nem condiz
e desses bichinhos tão queridos.
Não há luz disponível
que lhes ilumine a noite
que espera por nós.
Deixa lá! Escreve!
Escreve! Meu amor!
Nazaré, Agosto, 1983.
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