quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

NÃO SEI MEU AMOR


Não sei meu amor
não sei porque só exijo
um pedaço de pão trigo
para secar nos teus lábios
a doçura do limão
e sonhar no teu sorriso
o meu abrigo.

São os teus olhos
de cor nem sei
de formiga talvez negros
voam neles – nos teus olhos –
um bando de pombas bravas
e a liberdade imagina
das noites do fado antigo.

Depois nos contornos da sombra
na intimidade da água
e nas colinas da luz
se perguntas que digo?
Não sei meu amor não sei
de quem é o ninho do campanário
se é teu ou de algum perseguido?

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