quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

ANDANTE FADO CORRIDO


Começa primeiro de mansinho
colhendo as palavras do vento
na margem da minha voz atenta
lá no planalto do pensamento.

Junta todas as ideias à pressa
antes mesmo de inventar o verbo
quer um destino e com o teu rosto
iluminar as ruas e a praça.

Com os lábios frios do inverno
recordam o calor do sol da aldeia
esperam a chegada do navio
os marinheiros de muito desejo.

Boa ajuda a pagar a renda
a mensalidade fixa da ama
sabe nem sempre a vida dá fruto
e nem todo o fogo se faz cinza.

Por fim fica esta canção urbana
do meu fado que também é festa
eterna andante fado corrido
peregrino da luz contra a sombra.

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