estrangeiro um jovem desconhecido de 14 anos.
Pára-quedista o crocodilo refez
o bicho-da-seda-pura-algum-metal
as-teias-de-aranha-dos-inimigos
tempos de erosão de ninhos de mentiras
e um sabor a selva talvez primavera
um cheiro a queimado e bruto dos blindados
pelo jardim botânico cívil e póstumo.
Dizem que junto a essa pedra vulgar
antes crescia uma árvore jovem e verde
com a luz da liberdade incompleta
uma árvore secular negando a morte.
Dizem que a culpa é do crocodilo
Sabe-lá-ele-do-tempo-dos-desejos
dos-bichos-belos-nos-olhos-do-sonho.
– Em Praga para satisfação dos seus habitantes
e de alguns visitantes as cervejarias de sempre
continuam a servir canecas de meio litro
de cerveja alinhadas em bandejas a metro.
Budapeste, 25.04.1984.
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