a mais pequenina
envolvida envolvente
na festa privada
da musa na poesia
e de costas víncadas
olhar o céu.
Atirar pedras pedrinhas
escutar profundo o silêncio
e dizer aqui tens
um morango
do morangueiro
que trago
nos meus olhos.
Podias dizer
amarrámos a noite
à claridade da lua
à boca anterior
no interior do amor.
A maresia caía contínua
nos teus lábios
e na pedra lisa
da nossa pele justaposta.
Dizer: morango olha o céu!
Budapeste, 13.05.1984.
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