quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

FADO MADRIGAL DO POVO


Encosto-me ao parapeito do sonho
e olho a noite no céu de Maio
há vultos de dálias e acácias
procuro a tua palavra amiga
a voz do fado madrigal do povo
e descanso no portal nas mãos do sono.

Pego na guitarra que nem é minha
na periferia do próximo rio
e abro as janelas ao silêncio
a escrever desse amor primeiro
que acaba de se me anunciar
e de tão verdadeiro fascinar.

Amor sem sombras agora me chama
para o lado de lá margem do sonho
no cais luminoso dos amantes.
Seriam imagino os teus dedos
sobre a guitarra que nem é minha
e a voz do fado madrigal do povo.

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