quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
A FAINA CONTINUA
Na noite a faina continua
pelo ventre denso do nevoeiro
entre longos silêncios contidos
barcos e braçadas fortes.
Os remos músculos marcados
e as redes pesadas o pescado
dedos de tabaco mastigado
e o mistério opaco do mar.
Ó terra! A espera inquieta
no areal final da esperança
entre gargantas gritos e ais
preces e pedidos divinos.
Entre mãos secas fechadas
e olhos húmidos rasgados
fogueiras frias primeiras cinzas
de mães de mulheres de irmãs.
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