quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

A LUZ DE TODOS


Como quem procura as mãos
que sentia serem de santos
inventar queria rimar guitarras
com escadas de degraus eternos.

Subir o Monte das Oliveiras
Daniel que já então sabia
adivinhar o sonho dos outros
por esse caminho dos justos.

O céu está tão alto tão longe
terra prometida panos de linho
no Milagre perfeito de Dezembro
na festa do pão do último vinho.

Canto o Carpinteiro de Maria
daquele povo tão profundo
discreto pelo Menino vivia
que sabia ir salvar o mundo.


Ai dos pobres dos humildes
se ganhar o vento dos poderosos
que até o céu querem comprar
e a luz de todos guardar.

Abandonado de joelhos sorriu
no meio da noite mãe do pranto
até que perdoa a dor a mágoa
do fado de Deus do meu canto.

Sem comentários: