quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

QUANDO POR FIM AMANHECE


Quando por fim amanhece
e Lisboa se desperta
é que os teus olhos perfeitos
batem às janelas dos meus.

Os dedos finos ainda não voltaram
e como o fado está à minha espera
uso então as metáforas do povo
e deixo a ternura a rimar.

Permaneço por isso distante
longe de ti longe dos meus
bem perto do coração do vento
de toda a correria do pão.

Sim porque no Tejo de todos
e nos lábios dos amantes
navega um barco do pensamento
feito de fogo e desfeito em luz.

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