"e o teu amor
que espalha tinta" Natália Correia
Era um vestido de
água interior
lavado e tingido
em tinta
doce por dentro e
por fora
colado à noite na
esquina
camisas
estendidas sobre espelhos
das varandas com
sardinheiras.
Diziam ser a
senha dos amantes
a mensagem-morcego
da sedução
no disfarce de
canoas pequenas
nessa água onde
dançavam as lobas
em beijos de
teimosia fluvial-lascíva
provérbios que
não os deixavam mentir.
Sejam a luz da
alma o desígnio da palavra
da mímica do
olhar reflectido na água.
A metáfora da
nudez do vestido engomado
passado a ferro pela electricidade do prazer.
passado a ferro pela electricidade do prazer.
Sem comentários:
Enviar um comentário