"Das minas
do sonho a que descemos
mineiros
sonânbulos da imaginação" Alexandre O’Neil
A água de tão
escura mais parecia
um corvo macho de
asas abertas
recriando
mensagens de voos antigos.
Momentos de
outros olhos furtivos
que um dia se
cruzaram a correr
na cidade
portuária dos sonhos proibídos.
Eu fiquei sem
saber se armazenavam
o perfume do
pessegueiro em flor
com o teu cabelo
castanho muito claro.
Sabiam que no
sossego da noite
dormias no porão do navio parado no cais
dormias no porão do navio parado no cais
do que seria a
imaginação súbita do prazer.
Sem os dedos eu
fiquei sem saber
se trocavam de
mãos de propósito
pois tu gostavas
muito de colher groselha.
Cá por mim
deitado sol se tu deixasses
gostaria de limpar os teus lábios frutados
e descansar à sombra com sabor a cerveja.
gostaria de limpar os teus lábios frutados
e descansar à sombra com sabor a cerveja.
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