"Regressa,
meu amor, é quase verão” Rosa Lobato Faria
Era a lenha seca
dos sentidos
no calor das
minhas mãos adversas
o vazio fechado
das palavras perdidas
na distância
àvida da sua geometria.
A lua cheia na
noite da negação.
Para resolver a
nova equação
do seu dorso de
fósforo a arder
um poema por
deitar ao lixo.
Se dormias
percorria-te sem horários
sem pressas nem
compromissos.
Fazia como se
estivesse perdida
que nem a minha
língua falava
na ponte baixa do
seu rio estreito
onde nem saber
nadar era preciso.
Apenas queria
escrever sobre as palavras
molhadas na
imensa mansidão da noite
decorada com a
fadiga que faz bem.
Verdade era a
fotocópia do nosso amor.
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