Porcelana a
perdiz azul-azul esguia
a saltitar ao
espelho fazia lembrar
da antiguidade
uma galinha-de-água
na sensual
embriaguez Dora do ciúme
que o vinho francês
multiplicava mais.
Era nos fortes
cheiros que ficavam
notícia as
noitadas das insónias repetidas
para provisórias
guerreiros fazerem as pazes
e a perdiz
rosa-rosa a penetrar-se de prazer
entre épocas e
cubas cheias de uvas azedas.
Seriam musas das
que falam pouco
e fazem muito da fase da tela para vender
e fazem muito da fase da tela para vender
no bar da
invenção das virgens
com búzios e
caracoletas a subirem
as costas de
bronze as paredes do quarto.
Cama alugada com
os maços de dinheiros
que ganhou no
concurso de dança
do retrato moderno
da princesa eslava
que trazia a luz
curva pela mão tão amada
e valiosa pele de arminho sobre os ombros.
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