Arturo
(Portuondo) Carlos (Sánchez x 2) Daniel (Mañana) Guille (Blanco)
Jorge (Bernal) Ricardo (Farrú) Victor (Medina)
Jorge (Bernal) Ricardo (Farrú) Victor (Medina)
Saudades
de quê? Das noites com chuva a mais?
Da despedida para
sempre da minha aldeia?
Da catequese
voluntária e a primeira comunhão?
Da vida pela
causa e da saída do adeus definitivo?
Saudades
de quê? Do taller literário dos amigos no exílio?
Das viagens de
comboio e algumas de avião?
Do sorriso onde
se metia a libertinagem marota?
Das manhãs com
aguardente para passar no exame?
Passar
a dor de cabeça porque no Hary à noite há mais?
Passar o meu
coração à sua legítima proprietária?
Saudades da única
tarde do primeiro milésimo de beijo?
Todas as noites e
dias as alegrias que vieram depois?
Da
visita obrigatória à feira das farinheiras curtidas em casa
dos queijos de
cabra curados fortes os cheiros e paladares?
De algumas
vaidades à mostra a falar alto a dar nas vistas
à custa do
prestígio do passado da sagrada conspiração a três?
Do avião
aeroportos algumas hospedeiras e muitos comboios?
Do
indicador direito a indicar o caminho errado do cais
a insolvência da
idade e a coerências das calças cingidas
a evidência do
tronco liso da primavera de peitos à solta
- Diego sem
música acima da nascente da reserva protegida?
De incêndios e
invasões militares o inoxidável do pescoço?
Não.
É o caos pré-programado pelo cálculo da álgebra
a côr do
nacionalismo que pode ser preto como castanho
vermelho como côr
de metal e ás vezes de olhos em bico?
Quem não têm cão
caça com gato e escreve para esquecer!
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