Na taberna da Diamantina
ao vinho chamavam bela pomada
e à água-pé linda menina.
Na mercearia da esquina
cheia com os fregueses de sempre
juntavam as palavras ao fado
a jogarem à bisca mandada.
Na Praça da Figueira ao fim da tarde
com o sol na eira e chuva no nabal
eram na emissora nacional
as notícias finalmente sem funil.
Andava de véu na túnica ao vento
na emoção jovem dos sentidos
cativos na catedral do prazer.
Escondia a vergonha disfarçada
não bate a bota com a perdigota
e peças de roupa de contrabando.
Pois sabia que estava à espera
estaria sempre à sua espera
com a água do lago bica da fonte
afluente que ao céu quer chegar
do rio que não desagua no mar.
Budapeste, 2007-2009
(Projecto – AS PALAVRAS CONTNUAM)
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
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