(Se do fogo nasce a luz)
Se a longitude da noite deitada
sobre o tecido mais fino das sílabas
sem lençóis leves nem cobertores
no tapete vadío de cão sem dono
jamais sofria da fome e das rugas do frío.
Espojadas no chão as palavras
com as pulgas de estimação
água bebiam nas poças das chuvas.
Se do fogo nasce a luz
e com a liberdade das mãos
se fecunda a terra do povo
castidade cativa na catedral do prazer.
que é afinal cópia perfeita da criação.
Na deserção dos dedos de carvão
cortina escura da mina afirmava:
irmão eu sou assim e outros nem assim são.
Sazonal lentamente o fogo
aquece as paredes da casa
das sílabas da barríga vazía
da malícia da palavra perdida
com o refogado condimentado.
Na nave central da nossa alegria
de tanto texto tanta declaracão
de amor
escrevia de Matilde primavera francesa.
Nome de musa. Flor de poesia.
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
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