sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

POR DENTRO DO NOSSO PASSADO

Que seria de mim sem ti cantavas
tão perto do mar tão longe da serra
muitas promessas de alegrias eternas
as mentiras finitas do xaile de pedra.

Na esquina do sol havia uma praça
onde os cães vadios dormiam a tarde
vestígios dessa ousadia tão nossa
quando em mim ainda eras tu a cidade.

Percorre a luz na sombra da rua
da sedução aberta pelas mãos do acaso
e junta com cuidado os dedos à porta
fechada por dentro do nosso passado.

Esconde os bem silêncios na boca
e levanta os sentimentos do chão
senta-te à mesa na minha casa
mas não troques as jóias do coração.

E uma vez mais te recebi com paixão
com promessas de carícias gratuitas
dividimos a festa a cama e o pão.
Que seria de mim sem ti cantavas.

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