sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

DO SOL - FORTE O SOL FOI SUBINDO


Forte o sol foi subindo o tempo
devagar sem pressas até tocar
os muros as paredes da vida
com todo o tempo do mundo
como diria Gaudi de Barcelona.

Ao de leve com as palmas húmidas
as pontas das mãos nas pedras
quase secas nas areias douradas
do caminho marítimo desconhecido
até ao grande mar azul escuro
ao prefácio do sol na boca pintado.

Esse sol distante do pensamento
do calor intenso de diamante do mar
pérola brilhante daqui desta margem
com todas as palavras perenes
a claridade que indica pacientemente.
os vocábulos que da luz transparente.

Com o sol suavemente aquecendo
as costas esquecendo os ombros
misturando a vontade divina
com a simplicidade dos homens
no desejo de alcançar a vida eterna.

Pois esta chega do sol na paixão
com a brisa salina da madrugada
com a humidade espelho da prata
quando o sol fechado se faz escuro
e difuso pela neblina da felicidade.

Troca as urtigas das utopias
pelos tapetes de nuvens e lírios
que ao sol crescem ao sol recordam
ao sol desejam ter sol no sorriso.
De terem escritas nos rostos claros
as tardes das palavras mais lindas.



Budapeste, 2007-2008

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