sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

CEVADA

(Porque ali diluída a cevada)

A escrita é feita de sonhos
de audácias descontínuas
nas supresas dos sentidos.
A escrita é feita de silêncios
de frutos e pensamentos maduros
fruta verde colhida à socapa
sem ser acusada de ladra.

Na arca guardada das palavras
das ideias ao alcançe das mãos
na imperfeição recolhida nos textos
das vozes pela viagem da erosão.
Na luminosidade próxima dos corpos
parecia ser das mágoas da canção
ainda do tempo de águas antigas.

Porque ali diluída a cevada
e na eira a secar a castidade
criada para bebidas sagradas.
As promessas de povos escolhidos
faziam lembrar a primeira madrugada
escritas nos novos textos das searas
mesmo mesmo à entrada da cidade.

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