sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

CULTIVAR A ETERNIDADE


O seu sorriso de bronze
que inexplicavelmente se misturava
com o estanho colorido das nádegas
os dedos que recriavam o centro da vila.
Com as pontes antigas de pedra
das visitas guiadas a pé
pelos jardins privados do hospital militar.

O seu sorriso de prata
fetichismo visual adorno jovem
das nódoas no rosto mais lindo
iluminado a velas de cera
pelo perene chamamento da noite.
Chegava de manhã transpirada ao trabalho.

Sorriso polido pelas ferramentas
pelas luvas que protegiam as mãos
nem sempre fortes às vezes ousadas
na boa-aventura de quem gostaria
decifrar os segredos da soberania.
Recordar a primeira planície
para cultivar nas calmas a eternidade.

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