Ao entrar na praça do tempo sagrado
acalorado quase desfalecia de emoção.
Estava finalmente onde sempre sonhou estar
ali junto às colunas decoradas de toscana
muros ladrilhos e paineis da renascença
história de pedras de talha-mar das palavras.
Faziam sem comissão apenas por amor
pedreiros livres que nunca dormem.
Com palavras mansas esperam deixam
os que não são adormecer e combinam
debaixo do alpendre taxímetro da partilha
os sofás e outras cadeiras almofadadas.
Seria possivelmente um pensamento
de ontem a telha-vã sobre barrotes ripas
pelas costas direitas dos irmãos.
pelas costas direitas dos irmãos.
As vigas do sonho inútil de imaginar
acreditar em caminhos mais amplos
uma manhã mais clara e talvez mais justa.
Se insiste muito as fantasias acabam depressa
não com pedra dura de ébano nem tão pouco
com um habano puro incluido no preço.
A recepcionista foi contratada para isso
lá onde o amor se faz em salvas de prata
e se desfaz em pinças de escorpião. Que merda!
Budapeste. Baleal, Lisboa e outras cidades. 2010
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