quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ESPELHOS COSMOPOLITAS


Os bicos escondiam com amoras pretas.
sem tu saberes minha flôr
os espelhos côncavos e cosmopolitas
do nosso coração apaziguador.

Com a chuva impiedosa de janeiro
em interiores de sonhos incompletos
em ervas medicinais cobertas de seda
pelas escadas envelhecidas do tempo.

O seu rosto da dor mal se reconhece
não se sabe se é da tempestade de ontem
ou do pó fino do que resta da memória.
Se é da neblina da distància ou da escuridão.

Não sei se os teus olhos são resposta
se apenas uma pergunta deaté logo.
Sei isso sim que os teus lábios tão íntimos
nunca estiveram tão próximos do fogo.

Sem comentários: