quinta-feira, 2 de setembro de 2010

HÚMIDA NAS MARGENS


Por baixo do frio da noite
do idioma mal-conhecido da pele
o rio já não corria para a foz
com a metáfora do nosso mar
que seria húmida nas margens
estranhamente seca na fenda.

Sabe-se que para fazer bem
era preciso arder fazer doer
e depois caminhar devagar
andar sózinho durante horas 
para bem-aventurado mais tarde
ir até ao bar mais próximo.

Depois de uma caneca de cerveja
voltar à rua inspirar e sentir o vento norte
olhar o frio do rio feito pista de gelo
respirar e ouvir propostas indecentes
e só pensar em a surpreender com flores.

Cansaço erotismo alguma criatividade poética
mas que importância tem alinhar as palavras
escritas como festas que se sentem no rosto?
Assim não nem de veludo há cabra que resista!

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