quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O COXO CARTESIANO E A DULCE DULCINEIA


Tudo aconteceu num instante de alta cilidragem
estavam mortinhos de sede, parou de repente
como se tivesse levado um valente coice dos cavalos  
entre a berma do viaduto e o separador de cobrição.

Resultado de um furo violento nem artesiano
nem cartesiano como gostava de sublinhar
doutorado na Sorbonne e de matemática sabia
que dividir por zero o poderia levar ao infinito.

Na esperança com a ajuda de deus e da física
de fazer parte clube dos que citam Aron e Barthes.
Ela doce de bolo de bolachas bem se fez ouvir
saltou mesmo sem praga que nem um gafanhoto.

No momento seguinte estava dobrada
não para escrever um poema no asfalto
mas leoa sobre o macaco para mudar o pneu.
A velha Europa farta de guerra fria agradeceu.

Um mulher deste calibre é um diamante
com rimas na cabeça talento e força nas mãos
assim podem ir de carro até Caracas a Hong-Kong.
Ele se não fosse ex-professor seria cosmonauta.

Piloto-aviador em honra das sardas sardentas
da mocinha que viajava horas e horas e vinha
só para o ouvir falar da metafísica e de Descartes.
Quando se punha inocente e ousada ao seu colo.
a perna mais curta tremia que nem varas secas.

Sem comentários: