Reformista na aplicação cautelosa da lei
em vigor e do primado da iniciativa privada
molhava os pés de barro no poço
que se desfaziam em lama e orçamentos.
Foi quando a imperatriz coberta de ouro
e de safiras se pôs de pé a negociar
o que lhe restava dos rubis e esmeraldas
e pelo peso devia ser uma boa dose.
Vinha apenas embrulhada num cobertor
porque o lençol e a camisa de dormir
tinham ficados sujos outros tempos
com as marcas certas da mensalidade.
Receitas decantadas de caminhos fáceis
de respostas redondas e evidentes
sempre em nome dos interesses do povo
como pacotes de TVs em sinal aberto.
Em nome da inovação dos tempos modernos
dos produtos financeiros que nos afogam
rupturas e derrames trágicos de crude
de pretensos geniais de fraldas sem cú.
Dizem que os deuses se sentem envergonhados
traídos por alguns sacerdotes que passam a vida
a pregar fruta natural e hortaliça fresca
e só se contentam com a carne mais tenrinha.
Será que com terços e avés-marias serão perdoados?
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