quinta-feira, 2 de setembro de 2010

NOITES DAS FLORES


Foi nas noites longas das flores
- era assim que deixava de ser puro
aos olhos das bruxas velhas
dias de luzes e gemidos contidos
da malícia finita e sedução de fêmea.

Com as luas no corpo e o sol nas pernas
as cebolas roxas de Sansão e Dalila.
Minarete talvez fosse um pouco bizantino
em pequeno insonso tinha sido mordido
pelo cão-patriarca do avô-templário.

Os olhos mortiços de aprendiz
princesas às ordens do deus colérico
de Medina e d'Avignon da santa fé.
As embalagens clássicas de pó-de-arroz
sacas e sacos de chá pau-de-marmeleiro.

Assembleias gerais legalmente manipuladas
accionistas referência em postura de camaleão.
Seriam os testas-verniz de contraplacado
de bocas bem ditas e ámen-convincentes
nas longas noites da negação das flores.

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