quinta-feira, 2 de setembro de 2010

FALAVA COM A BOCA CHEIA


Cuspindo comida e gafanhotes
transpirava banha e confiança
sardão era daqueles que se metia
com tudo no meio da estátua viva
sentada à sua frente bem comportada.

Peitos volumosos e paradinhos
rabinho redondo saliente e retocado
não havia nada nada para deitar fora
deitar só com ele anunciava vencedor.

De calendário boca de tão apetitosa
mais parecia um quilo de cerejas maduras
sainha curta levantada e apertada
é agora é desta sentia lá se vai o coração.

Esbracejava da expessura dos seus braços
dos seus músculos de partem tudo
da largura força armário dos seus ombros
misturava no intestino grosso a carne
mal mastigada com cerveja da Baviera.

Falava comia com a boca cheia
e enquanto ruminava à bruta
deitava-lhe uns olhos deus a valha!
Nem navalha tinha nem a astucia de David.

Provavelmente seriam apenas
mais uns estalos que roupa tão boa
tanto tempo a fazer menos de nada
no ginásio piscina solárium pelas curvas
tem um preço minha cabeça de galinha.

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