sábado, 9 de janeiro de 2010

SONETOS E SONATAS

A Pál Ferenc

Como era possível soneto
cruzar assim as duas pernas
no ferro da cadeira sem costas
dessa maneira e sem medo.

Antes da sonata aos domingos
descer ao vale por entre serras
fronteiras e degustação nas encostas
que nos afastavam dos maus ventos.

Que nos separavam do tempo
e da promoção nocturna das uvas
do privilégio apenas de algumas ruas.

Abertas com o mar portugués ao fundo
na primeira tradução urbana a tua
da boca Pessoa nos lábios do mundo.

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