sábado, 9 de janeiro de 2010

D’ORSAY BERTHE E MANET


Não saberia explicar mas só me vinha à cabeça
caminhos-de-ferro a magia da estação d’Orsay
“O tocador de pífaro” “A jovem loira mostrando o peito”.

Com a máquina da verdade e o repúdio das mentiras
que chegou no vagão das mercadorias delicadas
comboio Berthe Morisot sabias que partia de Paris?

Do filme a preto e branco com inimigos e aliados
o telégrafo da ilusão mastigada na pastilha elástica
agarrada à sola do sapato que perdeu o tacão
Edouard à entrada da gare na cabine do revisor.

Com impressão de já ter visto aquele cachecol
aldrabão a vender camas como chefe da estacão
que o dinheiro poupado dava para uma boa salada
meio-frango assado uma cerveja e duas fatias de pão.

Sem comentários: