sábado, 9 de janeiro de 2010
POLÍCIA SINALEIRO
As suas mãos com devaneios de bailarina
habituadas aos refúgios secos das neves
convidavam-me adultas a subir a colina
a deixar-me perder na escuridão das luzes.
No vinagre do vinho húmidas as bocas roxas
do frio falharam o encontro à meses marcado
sabores de gambas frescas e alho picado.
Acima da linha de água no fundo da mina
as pedras que suportavam as sombras do ulmeiro.
Dizem que acabou o tempo de ser polícia sinaleiro.
Porque na paragem do autocarro da saudade
arranjava-se distraída no carvão a arder.
Poesia é decifrar as palavras da cidade
que nos recebe e nos mima de tanto nos querer.
Budapeste e outros mundos 2008-2009
(Projecto – AS PALAVRAS CONTINUAM)
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