sábado, 9 de janeiro de 2010

A MELHOR FOLIA TRISTE

A Jorge Luis Borges, tão injustiçado

A folia magra magrinha do mais belo
imagina não tem princípio nem fim
mais a mais como é muito pequeno
pensa que o mundo é mesmo assim.

Partiu no primeiro cavalo trambolho
ele que nem braços nem pernas tinha
bateu com o resto no metal do orvalho
só para sózinho poder pintar a pinha.

A desgraça histórica de longe a mais feia
foi ter andado sempre de tromba no chão
sem relógio nem sabia as horas da ceia
com fome palerma ficou à mercê do falcão.

Que pena nem um telefone nesta lonjura!
Por muito que faça o feitiço não perdura!

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