sábado, 9 de janeiro de 2010

AS MĂOS DO CORAÇĂO


Deixem-me com a luz do seu sorriso
arquitecto de todos os espelhos distantes
e de mensagens nos limites do milagre
partículas da densidade intensa
da erosão argila dos vocábulos finitos.
Deixem-me abrir uma rosa vermelha
habitada por muitas formigas brancas
de asas pretas na transparência das águas.

Eu deixava-me ficar pois era a sede
da serpente que se protegia no lodo
e se escondia nas margens
no casúlo esquecido da seda
a do feitíço perfeito do quarto vazio
de nadas junto ao coração das mãos.
As palavras passageiras da sedução
entre as folhas da sua boca tão sedutora

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