Não não era pele
de leopardo da marca registada que o feiticeiro
oferece às jovens
outrora virgens e às vezes criadas modelo
que os pais com
orgulho trocam por mézinhas e melhor destino
esse sentimento
único de fazer parte de uma élite tão restrita
antes das filhas
se lançarem na moda e na aventura da fama.
Eram as pernas
divinas de uma leoparda de carne e pardal
que ali
felizmente não tinha retrovisores olhos à retaguarda
começou a sentir
a presença do observador internacional
de olhar atento
colado até ao mármore do seu rabo sazonal.
Foi quando
desabou de repente uma tempestade tropical
e a fera ficou
tão preocupada com o seu pêlo de vitrine
que correu para
casa mesmo sem levar a gabardine
mas debaixo do
plástico que tinha guardado na limousine
e servido para
embrulhar a cómoda comprada no caniçal.
*Grande Viagem.
Título da composição
do cantautor e
compositor Presser Gábor
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