já começou mascada na mansidão do cabo.
Uma onda incendeia-se nos teus olhos a gratidão.
Um cortinado moveu-se mas são minhas as amoras.
Uma nau perdeu-se no interior imenso do amor.
A penúltima palavra do vento já se sumiu
nas bocas do fogo. Abrem-se as portas da poesia
estava agora mesmo – acredita – a pensar em ti!
Budapeste, 11.01.1981.
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