segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

NAVEGANTES

A primeira palavra da felicidade dos navegantes
já começou mascada na mansidão do cabo.

Uma onda incendeia-se nos teus olhos a gratidão.
Um cortinado moveu-se mas são minhas as amoras.
Uma nau perdeu-se no interior imenso do amor.

A penúltima palavra do vento já se sumiu
nas bocas do fogo. Abrem-se as portas da poesia
estava agora mesmo – acredita – a pensar em ti!

Budapeste, 11.01.1981.

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