segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

MÁRMORE-ROSA

1. Escondi-me na carruagem do corpo
com os lábios inquietos da má sorte
com as mantas de nuvens antigas
e uma taça de café para não dormir.

Oferece um cigarro para não te esquecer.

2. Nas autonomias do coração nunca imaginei
juro por tudo o que me é mais sagrado
que os teus seios pequenos e duros
me soubessem na boca a mármore-rosa.

Era tão boa a aguadilha das romãs
o fogo da manhã que humedecia a língua.

Sófia, 25. 01.1981.

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