Já a festa se anuncia
empunhada no sorriso
no oceano perdido
nas mãos presas dos mastros
nas amarras do vento
no espelho molhado das guelras.
Por toda a extensão dos corpos
já a festa se anuncia.
Já as bocas se aconchegam
ao castanho forte da terra
à erosão húmida do tempo
ao silêncio inadiável
à dália mais frágil do monte
à alegria temporária do musgo.
Por toda a extensão dos corpos
já a festa se anuncia.
Já o pão repartimos
e o vinho não saudámos.
Já a cidade despedimos
e a saudade ignorámos.
Já a festa se anuncia
por toda a extensão dos corpos.
Já as bocas se aconchegam
à tarde da maçã à manhã de Setembro.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário