segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

DA POESIA E DO AMOR

A esta hora Madly
penso sempre em Brel
quando quero falar da poesia e do amor
escrever dos outros e de mim.

É a hora em que as estrelas
se esquecem do jogo da cabra-cega
da canção sonâmbula do despertar
e de namorar com a magia.
A hora em que as estrelas convidam
e me deslumbram
lançam cordas de luz desfiada
degraus feitos da pele mais fina do musgo.

Não! Só te quero a ti.
Só a ti te aceito te nego o abraço.

Náufrago sei onde estás
que importa pois se já sou homem
se sou apenas remo
caranguejo mau amante.
sei onde estás e vou ao teu encontro.

No fundo luminoso do oceano
candeeiros de areia a meia azeite
mil braços de lume redes artesanais
ao redor da bem amada
do canavial na maresia da vida.

Sem comentários: