Na passagem quase secreta da gruta
na intimidade suspeita do mar
e das mãos finas da guitarra
a luz natural fragmenta-se
pelo corpo nos espelhos da água.
Se o amor dos amantes de pinho
preso nas redes clandestinas
no vinho tinto se fortifica
é porque os olhos se diluem
no pó pelo caminho das flores.
Partiram antes do anoitecer
insinuando novas palavras
do bairro escuro da cidade portuária
com o sol de papel pintado à mão
para assim afastarem do frio o coração.
segunda-feira, 22 de dezembro de 2008
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