"Colares
atei para o terno
Pescoço de Átis;
os perfumes
Nos cabelos, os
óleos raros" Safo
Refazendo
metáforas de outros séculos
a ousadia de quem
sente merecer o perdão
e que não quer
outro mel para o seu chá.
Vida, dá-me os
teus sonhos de mirra amarga.
Nem um pêlo a
imperfeição de uma rua
na descida da
língua feita água e sedução.
O sabor dos teus
perfumes lembravam Safo
as rosas bravas
das roseiras belas da sombra.
Uma aventura por
assumir que anunciava
pelas madrugadas
as margaridas abertas.
Uma baía morena
antes da foz por degustar
do mesmo orvalho
do mar que nos separa.
No silêncio do
jardim que dizem sagrado
da representação
em bikini sobre o selim
não havia um
espaço verde à imaginação.
Sobre a relva não
almoçavam, comiam-se.
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