"a primavera,
perfumada nos concede
toda uma floração
tão doce como o néctar"
Píndaro (Trad.
P.E.S.Ramos)
Na terapia da tua
voz fermentando a luz
na noite persa
mais longa do calendário
desenhavam roupas
para serem retiradas
do teu corpo
metade inverno e metade verão.
Mas se o
solstício não chegar a tempo
deixa-te ficar
quieta nos meus braços
calma com o outono merecido do sonho
calma com o outono merecido do sonho
o véu do amor
finalmente a descoberto.
Para em outras
terras distantes da escuridão
longe das ruas
vigiadas da uniformização
seja eu a colocar
a bracelete no tornozelo
a poesia a
escolher a saia acima do joelho.
Posso abrir mão
dos meus dedos na tua pele
desistir do teu
perfil deitado na minha cama
dos teus lábios
as metáforas da tua respiração
mas não poderia
viver sem o brilho dos teus olhos.
Sem comentários:
Enviar um comentário