"Tangendo a sua
lira amante de rapazes"
Simônides de Ceos
(Trad. J.P.Paes)
Poeta
profissional financiado pelos mecenas
cabelo branco respeitado
como um deus menor.
Ao serviço da
companhia da nova urbanização
escrevia ao ritmo
à cadência de retro-escavadora.
Na festa da elite
social da eleição do mais lindo
no salão de baile
no convite ao jovem Agatão.
Bailarino
cosmopolita e namoradeiro que subia
e descia pelas
escadas de tanto olhar masculino.
Discretos alguns fechavam
a ferrolho o planalto
ao redor da
cidade no mapa com passado.
Com maiorias
tolerantes e minorias militantes
o respeito da
identidade e o direito de dizer não.
Mina velha quinta
nova melão maduro.
Antes era
restaurante e agora é restaurador
de boas pernas. Não é para todos alexandres
ter Aristóteles como mestre e professor.
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