quinta-feira, 9 de agosto de 2012

CICUTA DA HERESIA


Muitos chamavam cidadania direitos da maioria
sem a insubmissão individual à liberdade colectiva
a do consumo rápido das verdades feitas de nadas.
Ai Atenas Atenas como pesam as tuas penas!

Oleiro da argila do ocidente antes de tempo
enfermeiro argamassa cativa dos medos do novo.
Avô e pai parteiro de novas ideias para a filosofia.
Condenado à morte da vida pela cicuta da heresia.

Quando os mercados não reconhecem nem valorizam
os justos são escassos e é inútil a merda da (in)justiça.
Para lá dos juros e da dívida já mesmo nada existe.
Pragmática a república troca a honra pela demissão.

A moral é rabo de bambu uma lança afinal redonda 
a coragem desnecessária de uma estátua já poeira.
Com ovelhas e borregos com abutres e muitas hienas. 
A conjura da sublevação atirada para as catacumbas.

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