Por causa do
estado da nova república
da mentira urbana nas praças dos povos.
Do novo poder
conventual caído dos céus
na vulnerabilidade
matemática da democracia.
Do doce arrapado do fundo no tacho de cobre
o fado dos nossos
dias é desenhar e descrever
europas de vidro
e grécias de canelas partidas.
Bois mansos e professores
de pátrias baratas.
Decorar e decotar umbigos de templos sagrados
de lendas e ledas
cisnes com os ovos no sítio.
Codorniz que no
prato não rima com aprendiz
com ladrão de
impostos de tributos e veneração.
Portugal de
calças na mão perdido na resignação.
na sede de vinganças de deusas com constipação.
na sede de vinganças de deusas com constipação.
Sublinhar e
sobreviver ao ciúme tardio do cornudo
e descer as marés com as ondas falsas do seu corpo.
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