quinta-feira, 9 de agosto de 2012

PÁTRIAS BARATAS


Por causa do estado da nova república
da mentira urbana nas praças dos povos.
Do novo poder conventual caído dos céus
na vulnerabilidade matemática da democracia.

Do doce arrapado do fundo no tacho de cobre
o fado dos nossos dias é desenhar e descrever
europas de vidro e grécias de canelas partidas.
Bois mansos e professores de pátrias baratas.

Decorar e decotar umbigos de templos sagrados
de lendas e ledas cisnes com os ovos no sítio.
Codorniz que no prato não rima com aprendiz
com ladrão de impostos de tributos e veneração.

Portugal de calças na mão perdido na resignação.
na sede de vinganças de deusas com constipação.
Sublinhar e sobreviver ao ciúme tardio do cornudo
e descer as marés com as ondas falsas do seu corpo.

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