"Sobre as minhas
pálpebras
espalhará o doce
sono" Álcman (Trad.
Frederico Lourenço)
No desafio da
verdade sem espinhos da metafísica
a passividade da
oferta e a ocultação do lucro.
A rede entre o
centro e a periferia do império
do comércio da
pimenta e do monopólio do chá.
Em estradas
construídas pelo sangue feito cinza
santuários a
resvalar pela relva da encosta.
O monte de
Cíntia com a cintura tão bela
presa ao muro ao
musgo azedo da dúvida.
Se eu pudesse
marinheiro voltar a pentear
e a disfarçar da cor
da noite os seus cabelos
no basalto do sonho
mais próximo da lira
com a ponta
húmida dos beijos da chuva.
Enquanto no linho
da melhor caligrafia
Safo e
Alceu se desfaziam nas palavras
da
poesia maior eu limpava os seus lábios
com as lágrimas tecidas pelo nosso amor.
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