"Quantas
grinaldas, no seu colo,
Rosas, violetas,
acafrão –
Trançamos juntas!" Safo (Trad. Décio
Pignatari)
Guarda no vaso de
barro preto
no pote devidamente
decorado
os óleos dos
desperdícios mais valiosos.
As melhores sobras
do nosso amor.
Recolhe daquelas
noites de vigília
no interior dos
silêncios mais húmidos
as gorduras no
pão da nossa saudade.
De Klimt as peles douradas do prazer.
Com o alibi do
sal do sono do longo inverno
na água do olhar
fixo da serpente inofensiva.
Desembarcar nas
areias suavemente quentes
e não adormecer nas
enseadas do teu corpo.
Eu agora quero é naufragar contigo
Eu agora quero é naufragar contigo
bem longe da pedra da costa vigiada.
Viver feito peixe o resto da minha vida
e partilhada a dois no fundo do teu mar.
e partilhada a dois no fundo do teu mar.
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