"Tira essa rede do
corpo e não forces maliciosa,
os quadris ao
caminhar, Lisídice.
Teu peplo é tão
ralo que as tuas pregas não te escondem"
Marco Argentário
(Trad. J.P.Paes)
A rainha
estrangeira que do sol teria descido
afinal tinha nascido nas ruas de Jerusalém.
Longe dos
tesouros de todos os templos
e onde se
fez formosa sábia e sedutora.
Dos enigmas por
baixo das suas roupas volumosas
ela que foi para
seduzir e pela sede acabou seduzida.
Pela sabedoria
masculina pelos condimentos do rei
metáfora da
história das especiarias da sedução.
Os lírios de água
que cobriam a planície amena
nas terras
expostas e nas sombras dos corpos.
Teciam na
madrugada a dedicação da esposa
e de manhã o café
com leite na subida aos seios.
De perfil eram a
matriz o molde e o padrão
na escola de pedra fina e de véus
transparentes.
Dia em que o sonho fluvial se desenhava em ti
com o metal enriquecido pela fogueira da paixão.
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