"Louvo a bailarina
da Ásia que com seus gestos lascivos,
suavemente ondula
desde a ponta dos dedos"
Automédon (Trad.
J.P.Paes)
Vestida de malha
matriz côr de balcão
a primazia da
suave sensação da sede secreta.
Colada aos
contornos curvos da pele lisa
às folhas húmidas da alface tenra do rosto.
Seria o farol
cotovia da navegação mais terna
o navio nunca antes navegado da sensualidade.
a boca no prazer
salino da tua altiva insubmissão.
O sal das palavras
no sabor salgado do teu sorriso.
Recebes como
garantia verbal da minha entrega
o meu reino
prometido que ilumina toda a Ásia.
Ninguêm
gosta tanto de camas de ferro desfeitas
como o meu marido legítimo cansado de mim.
Por fim nos
caminhos perfeitos da noite
estarei depois do
sono lavada e perfumada
à tua espera com
a minha flor entre os lençóis
se estrangeiro
for eu designada a mais linda.
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