A Nelson Mandela
Percorremos os pulsos das perdizes
das palavras nos cornos do vento
a nevar cinzas sobre as nossas asas
com a certeza de sermos gente.
Os caminhos não eram talco nem pó
mas a graxa era ainda assim
a entrada triunfal para a cidade conquistada.
Quando olhámos para o nosso lado
reparámos por acaso finalmente
nas nossas pequenas sombras do povo.
As moscas! As moscas éramos nós!
– A liberdade adiada dos outros.
Budapeste, 30.10.1980.
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