Para Eduardo Bleier
Para Daniel Maňana
Para Daniel Maňana
Mi hermana geografía mi hermana libertad!
Oferecem os garfos das veias colectivas
aos filhos da terra à guerra à medicina
uma caixa de bolachas de água e sal
aos miúdos inquietos do bairro insubmisso.
Em Budapeste os cantoneiros
dos paralelepípedos e passeios do betão
tem dores nas costas e mãos gretadas
os salários em dia dentes de tabaco.
Mi hermana geografía mi hermana libertad!
São operários vão de autocarro ao trabalho
e de volta comem batatas cozidas
carne panada e sopa e salada.
pão muita paprika banha e toucinho.
Só jogam às cartas se a dinheiro bebem
cerveja vinho e aguardente de ameixa
enchem de fumo as tabernas nas caves
e são adeptos do Fradi a toda a hora.
Mi hermana geografía mi hermana libertad!
Bebemos mate mascámos desejos
apaixonados nas nascentes naturais da água
com espelhos trazidos de Montevideu
e os desenhos de pequenas begónias da paixão.
Meu irmão Gerardo! Meu irmão Daniel!
Budapeste. 29.10.1980.
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