terça-feira, 23 de dezembro de 2008

LÁNY DE ÁGUA

Eu pediria aos caroços da sombra
mais infinita e distante
da neve e da chuva invisível.

Os íris de água da luz natural
para fazer um véu transparente
do silêncio de cuco e de besugo.

Que fosse tão pequeno e tão lindo
que só desse para encobrir a roseira
dos teus joelhos e zonas suburbanas
quando impacientes as minhas mãos
fizessem turismo sonâmbulo e livre

Todos eles meus companheiros
da poesia não diriam que não
se tu rapariga aceitasses o véu.

Törökbálint, 05.09.1980.

Sem comentários: